BALLESTEROS LUIS ALEJANDRO
Congresos y reuniones científicas
Título:
Gramaticalização e sociolinguística
Autor/es:
BALLESTEROS, LUIS ALEJANDRO Y CARIBAUX, SUSANA
Lugar:
Niterói
Reunión:
Workshop; II Whorkshop sobre Gramaticalização; 2014
Institución organizadora:
UFF-Universidade Federal Fluminense
Resumen:
Esta comunicação apresenta conclusões de pesquisas que vimos desenvolvendo desde 2010 até o momento atual na Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) sobre as propriedades sintáticas do português brasileiro (PB) e a importância da sua inclusão na formação docente em português como língua estrangeira (PLE) na Argentina. Nosso marco teórico está conformado pela ecolinguística (Couto 2009) em sua relação com a sociolinguística (v. gr. Scherre 2005) desenvolvidas no Brasil nos últimos anos e as pesquisas mais atuais sobre o PB já apresentadas em forma de gramáticas orgânicas (v. gr. Perini 2010; Castilho 2010; Bagno 2012). Quanto às diferentes linhas teóricas em torno da gramaticalização, partimos de considerar, segundo Hopper & Traugott (1993), que há relação entre os fatores motivadores da mudança linguística e aqueles que operam na gramaticalização. Entre esses fatores, os diferentes tipos de contato linguístico estudados pela sociolinguística. Hopper & Traugott (id.: 36) destacam a necessidade de marcar a diferença entre "mudança" e "extensão da mudança". Assim, em nosso trabalho o foco é a gramaticalização de estruturas sintáticas ou ?sintatização? (Castilho op. cit.) de ampla extensão no PB. Sabemos que há enormes conflitos terminológicos dentro do campo teórico da gramaticalização (cfr. Sánchez Marco 2008). Porém, com base no já exposto, consideramos que no (PB) atual acontece a convivência (e a concorrência) de duas formas de marcação do plural no sintagma nominal (SN) (v. gr. Perini op. cit.; Castilho op. cit.), bem como três formas de construção das orações relativas (v. gr. Perini id.; Castilho id.). Isto é, 1) no (SN) plural no PB acontece tanto a concordância plena, quanto a marcação apenas em algun(s) de seus itens léxicos, com forte tendência no PB para a segunda das possibilidades (de acordo com regras estudadas v. gr. por Scherre op. cit. e por Castilho op. cit.); 2) nas relativas ocorrem (e concorrem) três estruturas no PB: a) a relativa tal como descrita (e prescrita) nas gramáticas tradicionais; b) a relativa cortadora (v. gr. Perini op. cit.; Castilho op. cit.); c) a relativa copiadora (v. gr. Perini id.; Castilho id.). Segundo os estudos sociolinguísticos e gramaticais do PB, as mudanças no SN e nas relativas têm mais vitalidade do que seus correlatos descritos pela prescrição gramatical. Isto sem negar a avaliação social de cada uso nem a avaliação social do falante de acordo com esse uso.