ESTRATÉGIAS, RECURSOS E PROPOSTAS DIDÁTICAS PARA A PRÁTICA DA PRONÚNCIA EM SALA DE AULA

Encuentro; VII Coloquio PELSE / II Enportu / II Eupele; 2014

A língua materna pode influenciar na aquisição de uma língua estrangeira em vários âmbitos: lexical, semântico, sintático, morfológico, fonético-fonológico. No entanto, ao enfatizar o enfoque comunicativo, não se insiste muito na conveniência de que os estudantes aprendam a pronúncia do português falado no Brasil com a maior proficiência possível. Quando a forma de pronunciar deixa de perturbar a compreensão dos enunciados que o aluno produz, cessa o interesse por aproximar sua pronúncia a dos nativos. Porém, é necessário reconsiderar que o domínio da competência fonético-fonológica constitui um dos aspectos da competência comunicativa global, como assinala Canale (1995, apud Poch Olivé, 2005) e, portanto, deve ser abordada, no contexto do enfoque comunicativo, como um dos componentes da expressão oral. A partir da apresentação de várias propostas didáticas consolidadas com nossa experiência em sala de aula, queremos, nesta comunicação, salientar a importância do ensino e da prática da pronúncia do português, frequentemente criticada e esquecida no planejamento das aulas e nos materiais didáticos, sendo, no entanto, um aspecto relevante no processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira. Acreditamos que é na sala de aula, com a presença do professor e com claras atividades estratégicas de ensino (com elementos provocadores específicos) que o aluno disporá de mais recursos e possibilidades para adquirir um melhor desempenho em suas produções orais. Esta apresentação -situando e didatizando as bases articulatórias que apresentam maiores dificuldades na produção sonora- fornecerá suporte de material didático específico para professores que ensinam a pronúncia do português brasileiro para hispanofalantes.