BRUNEL MATIAS RICHARD
Congresos y reuniones científicas
Título:
Por uma avaliação em torno aos gêneros de textos
Lugar:
Londrina
Reunión:
Simposio; simpósio siple 2014 - O caráter pluricêntrico da língua portuguesa e as práticas avaliativas.; 2014
Institución organizadora:
SIPLE (Sociedade Internacional de Português como Língua Estrangeira)
Resumen:
A avaliação é parte intrínseca dos processos de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Enquanto aprendemos, constantemente também avaliamos. Essa atitude avaliadora forma parte do processo educativo, um processo continuamente formativo. Na contramão dessa premissa, nos enfrentamos às necessidades institucionais de avaliar para aferir notas ? uma visão que privilegia o quantitativo em detrimento do qualitativo; que não fomenta, em suas práticas, ?um processo formativo?. Através de resoluções e normas somos convidados ? e por que não obrigados - a elaborar exames, testes, provas, entre outros instrumentos que se transformam em documentos que nos permitem aferir uma nota numérica para qualificar o desempenho de nossos estudantes, os quais tentam externar suas capacidades de linguagem através dessas instâncias chamadas de ?avaliação?. A nota forma parte de uma exigência institucional. Em meu caso, devo aplicar pelos seis instrumentos de avaliação durante o ano letivo, como mínimo dois ?parciais? (provas trimestrais) e quatro ?trabalhos práticos?. Contudo, não é minha intenção analisar meus exames, provas parciais ou trabalhos que solicito aos meus alunos, mas partir de uma reflexão sobre a forma como chegamos a aferir nota aos resultados que teoricamente medem o nível de desenvolvimento das capacidades de linguagem de nossos estudantes, em meu caso, alunos do ?Profesorado de Portugués? (PP) da ?Facultad de Lenguas? (FL) da ?Universidad Nacional de Córdoba? (UNC). Para isso, em primeiro lugar me explanarei sobre o que se entende por ?capacidades de linguagem? e como proponho aos meus alunos desse ?profesorado? o desenvolvimento destas. Consequentemente falarei sobre as bases teóricas que fundamentam as minhas ações e de meu colega de trabalho nas cadeiras de Língua Portuguesa I, II, II e IV, disciplinas ditas troncais na formação dos futuros docentes de Português como Língua Estrangeira (PLE) na FL. Brevemente me adentrarei nos postulados do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e em questões pedagógicas interconectadas como os conceitos de ?modelos didáticos do gênero? (MDG) e de ?sequências didáticas? (SD). Será a partir desse contexto que tentarei ?problematizar as práticas avaliativas e seus resultados como elemento integrador entre ensino e aprendizagem? em minha ação como formador de professores de PLE que privilegia o ensino da língua e a formação docente em torno aos gêneros de textos. Dessa forma, me embrenharei mais na zona dos ?critérios de avaliação em PLE?, na ?avaliação de recursos didáticos para o ensino de PLE? e, em forma um pouco mais implícita, ?na formação do professor avaliador de PLE?. Cabe refletir a partir de perguntas como: O que ensino? Por que ensino o que ensino? Como ensino? O que meus alunos aprendem? e se O que aprendem se torna significativo para sua formação como docente de PLE? Não é meu objetivo por em cheque as exigências de uma instituição acadêmica como a FL-UNC e muitos menos defender minha postura como a mais correta ou eficiente, mas sim, instigar a que as nossas avaliações deixem se de ser tão quantitativas e passem a ser mais qualitativas e holísticas, porém com critérios claros e explícitos. O trabalho em torno aos gêneros de textos nos permite levar adiante essa proposta.