BRUNEL MATIAS RICHARD
Congresos y reuniones científicas
Título:
Por que podemos chamá-los de crônica?
Lugar:
Córdoba
Reunión:
Jornada; IV Jornadas Internacionales Descubriendo Culturas en Lengua Portuguesa; 2018
Institución organizadora:
Facultad de Lenguas - UNC
Resumen:
Desde o ano de 2013 os estudantes da cadeira de Língua Portuguesa IV do curso de formação de professores de português da Faculdade de Línguas da Universidade Nacional de Córdoba têm se defrontado com o desafio de escrever crônicas, gênero de texto que tem como uma de suas principais características o trânsito entre o real e o imaginário, entre o fato e a ficção. Alimentados pelos acontecimentos da vida cotidiana, os estudantes criam textos nos quais a linguagem empregada, ora um decalque do oral espontâneo, ora uma aproximação da linguagem literária, torna-se uma das ferramentas para conquistar a empatia de seus leitores. Assim sendo, os acontecimentos mundanos transformam-se no mote para a produção textual, mas sob o olhar criativo de cada um dos proto-cronistas, estudantes que recortam a realidade e recriam relatos para um boa crônica. Resulta importante analisar alguns dos textos deste corpus de crônicas, com o fim de identificar o tom predominante, as temáticas recortadas, o elemento surpresa da narrativa e a originalidade, levando em conta que a situação já conhecida, agora recontada pelos proto-cronistas, deve ser relatada sob uma perspectiva única, que leve à reflexão. Neste trabalho reunimos dez crônicas de estudantes com o intuito de corroborar em que medida seus textos apresentam as peculiares características que fazem com que eles sejam chamados de crônica. Cabe ainda ressaltar que as dez crônicas analisadas são o resultado de uma sequência didática especialmente elaborada para que os futuros docentes de português possam desenvolver capacidades de linguagem tanto para a análise como para a produção escrita de crônicas. Nossas bases teóricas são as da engenharia didática propostas por Dolz e Schneuwly (2003), de base sociointeracionista.